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Mostrando postagens de setembro, 2020

Tenho sintomas, mas meu eletro foi normal, e agora?

Essa provavelmente é uma das perguntas que mais recebo. O eletrocardiograma é um exame extremamente útil, mas como todos os outros exames médicos, tem limitações e precisa sempre ser interpretado de acordo com o contexto clínico. Vale lembrar que o eletrocardiograma é um exame em repouso e muitas vezes as alterações cardíacas só são percebidas em exames que “esforçam” o coração. Então, toda investigação médica começa com a análise clínica e são os achados clínicos iniciais que direcionarão a solicitação de exames complementares.  Portanto, ter o eletrocardiograma normal não significa que você não tenha doença cardíaca! Converse com sua(seu) cardiologista! Dra. Renata Castro CRM 5270560-8 Especialista em Medicina do Esporte (RQE 28280) e Cardiologia (RQE 27131)⁣ 

Se você acha que a fibrilação atrial sempre cursa com ritmo irregular, você precisa ler esse post!

Fibrilação atrial é uma a arritmia mais prevalente em nosso meio e acontece quando diversos focos atriais disparam estímulos elétricos desorganizados, que não permitem a contração atrial fisiológica. Muitos destes estímulos conseguem chegar aos ventrículos, gerando taquicardia em geral com ritmo irregular. Estes estímulos são “filtrados” no nó atrio-ventricular e por isso nem todos chegam aos ventrículos. O que muitos se esquecem é que pacientes com fibrilação atrial podem ter também bloqueios átrio-ventriculares e, quando esse bloqueio é total, os estímulos atriais não chegarão aos ventrículos. Nestes casos, o paciente terá fibrilação atrial com ritmo cardíaco regular (intervalos RR regulares). Se antes de ler este post você achava que todos os casos de fibrilação atrial cursavam com ritmo cardíaco irregular, acabamos de desfazer este mito! Se você quiser aprender eletrocardiograma de uma vez por todas, sem precisar ficar decorando, conheça nosso curso online ECG sem decoreba. Dra. Re

Teste cardiopulmonar e exercício com e sem eletro: Você sabe a diferença?

Por definição, o teste cardiopulmonar de exercício (também chamado ergoespirometria) é um exame médico que inclui análise de múltiplos parâmetros: clínica, eletrocardiográfica, de pressão arterial e de gases expirados (consumo de oxigênio, produção de gás carbônico e ventilação). Este exame ganhou grande popularidade entre atletas e esportistas por fornecer informações preciosas a respeito de capacidade física, gasto energético, queima de gorduras e identificação de limiares que permitem definir as zonas de treinamento. Apesar de todo esse “parque de diversões” para quem visa otimização da performance, este é um exame médico, que permite diagnóstico e prognóstico de doenças. Sim! Diversas doenças que são assintomáticas, porém graves, podem ser diagnosticadas durante o teste cardiopulmonar de exercício. Para que isso seja possível, todos os seus parâmetros, incluindo o eletrocardiograma, devem ser cuidadosamente analisados. É comum a realização de testes com análise de gases apenas com

Palpitações podem ser graves!

Quando estamos em repouso nosso coração bate de 50 a 100 vezes por minuto. Situações em que o coração bate mais rápido ou mais devagar ou mesmo quando o coração bate fora do ritmo são chamadas arritmias cardíacas. As arritmias podem acontecer por distúrbios no próprio sistema elétrico do coração ou podem ser secundárias a outras doenças que ocorrem no coração ou fora dele. Doenças nas válvulas cardíacas, insuficiência cardíaca e doença arterial coronariana (aterosclerose) são causas de doenças cardíacas que podem gerar arritmias. Além disso, diabetes, doenças da tireóide, anemias, estresse e uso de medicamentos podem ser causas de arritmias. Você já parou pra pensar que nosso coração bate desde quando estávamos no útero de nossas mães até o momento da morte e que mesmo assim raramente percebemos estas batidas? A percepção de que o coração está batendo, muitas vezes chamada de palpitação, é um dos sinais de que pode estar acontecendo uma arritmia. Outros sinais de alerta são tonteiras,

Riscos da hidroginástica

Recentemente fiz uma postagem sobre a falta de formação específica de cardiologistas para os cuidados da saúde de praticantes de exercícios. Apesar da grande maioria das pessoas ter entendido a mensagem, fui criticada por alguns profissionais de educação física que interpretaram a mensagem como uma invasão de seu espaço. Como médica do esporte e cardiologista sempre apoiei o cuidado multidisciplinar de meus pacientes e sempre valorizei o papel do profissional de educação física. O ser humano é complexo e precisa de cuidado integrado, sim! Um ótimo exemplo disso é a hidroginástica. A maioria dos profissionais de saúde liberaria qualquer paciente com mínima autonomia para realizar uma aula de hidroginástica. Entretanto, a imersão na água pode gerar aumentos do retorno de sangue ao coração, piorando a função ventricular agudamente. Assim, pacientes com insuficiência cardíaca grave não devem realizar hidroginástica submersos até o tórax.  Entretanto, alguns ajustes no treino poderão ser re

Menos de 11% dos cardiologistas nos EUA entendem de atividade física! Será que no Brasil é assim também?

Você sabia que a maioria dos cardiologistas nos EUA libera mais de 50 pessoas para a prática de atividade física por ano, entretanto menos de 11% destes cardiologistas tem conhecimento específico para fazer essa liberação? Apesar de não haver pesquisa semelhante no Brasil, é provável que nossa realidade seja ainda pior! Não existe a sub-especialidade “cardiologia do esporte” no Brasil e nem nos EUA. Nos EUA a maior parte dos cardiologistas que trabalham com atletas ou praticantes de atividade física “aprendem fazendo”. Será que essa é a melhor forma? TENHO CERTEZA QUE NÃO! Por isso me especializei em Cardiologia e Medicina do Esporte, após concluir a residencia em Clínica Médica. Também fiz mestrado (UFF), doutorado (UERJ) e pós-doutorado (Harvard Medical School) com foco em Cardiologia do Esporte. Trabalho com atletas e praticantes de atividade física há mais de 20 anos, e organizei toda essa experiência e conhecimento em um curso exclusivo para médicos que, assim como você, buscam: *

Cursos teórico-práticos de ergometria e ergoespirometria

  Ver essa foto no Instagram Já que hoje é dia de #tbt ... Cursos teórico-práticos de ergometria e ergoespirometria! É sempre muito bom poder disseminar conhecimento sobre métodos tão importantes na cardiologia e medicina do esporte! Se você quiser fazer parte das próximas turmas, é só fazer contato por direct com a @regadasjuju . Estamos programando mais uma edição para dezembro! #cardio #cardiologia #cardiologiadoesporte #medicinadoesporte #cardiologistarj #cursosdrarenatacastro #ergometria #ergoespirometria @handymet Uma publicação compartilhada por Dra. Renata Castro, PhD (@drarenatacastro) em 3 de Set, 2020 às 9:22 PDT

Curso intensivo de cardiologia do esporte

Foram onze meses de aulas semanais! Mais de 110 horas de aulas, discutindo cardiologia do esporte com uma turma incrível de médicos apaixonados por cardiologia e medicina esportiva! Foi uma maratona! E ontem cruzamos a linha de chegada com a satisfação de maratonistas: felizes por completar a missão e já saudosos, perguntando quando será a próxima. É impossível marcar todos os alunos neste post. Mas vocês foram incríveis! Não se deixaram abalar por um ano tão difícil como este. Seguiram estudando, mesmo quando tinham que se dividir entre tarefas domésticas, trabalho, lazer, prática de atividade física... Sigamos estudando e nos dedicando com carinho a tudo que fazemos! A cardiologia do esporte está apenas entrando na vida de vocês! ********************************************************* Se você quiser fazer parte do Curso Intensivo de Cardiologia do Esporte 2020/2021, é só mandar um direct para a  @regadasjuju  e ela vai te passar todos os detalhes. O curso é todo online, com aulas a