Dra. Renata Castro - Saúde E Qualidade De Vida

Sabe aquela história de se apaixonar pela pessoa errada? Quando você deseja que seu cérebro domine seu coração? Então... no que diz respeito a se apaixonar ainda há muito para aprendermos. Mas, brincadeiras a parte, nossa saúde psicológica tem enorme influência sobre a saúde física e cardiovascular. Este é o tema de uma diretriz da American Heart Association (uma das sociedades americanas de cardiologia) publicada nesta semana. O documento começa admitindo que, infelizmente, a maioria dos médicos é ótima em tratar doenças, mas não tão boa em tratar pacientes. A atenção voltada para uma doença ou órgão acaba por impedir que médicos se atentem à saúde mental do paciente e como ela pode influenciar o processo de saúde e doença física. Entretanto, existe luz no final do túnel! Um posicionamento destes, vindo de uma tradicional sociedade de cardiologia americana é pra ser aplaudido de pé! Apesar de eu ter me especializado em cardiologia, sempre tenho como objetivo entender o paciente como u

Você sabia que o tipo, a quantidade e a intensidade do seu treinamento físico alteram a estrutura e o funcionamento do seu coração? Calma! Não estou falando que o treinamento é ruim para a saúde do coração. Pelo contrário, o treinamento físico realizado com orientação correta é extremamente benéfico para a saúde do seu coração e de outros órgãos. O que estou explicando é que o coração se adapta ao treinamento. E cada modelo treinamento vai gerar um tipo de adaptação. Por exemplo: o coração de um ciclista é bem diferente do coração de um halterofilista! Este é um dos motivos pelos quais quem trabalha com atletas e esportistas precisa conhecer a fundo as modalidades esportivas e seus aspectos médicos. Isso não se aprende na formação clássica do cardiologista. Por isso, há mais de 20 anos me dedico ao estudo da cardiologia do esporte. Quando atendo um esportista ou atleta é de extrema importância que eu saiba detalhes sobre seu treinamento. Assim, posso analisar se as alterações encontrad

Com certeza você já ouviu o ditado "Quem vê cara, não vê coração". Mas se você desviar um pouquinho o olhar, e prestar atenção nas orelhas... você pode ter uma informação importante sobre o coração! Não acredita? Deixa eu te explicar... Na década de 70 um médico chamado Sanders Frank publicou um artigo em uma das mais prestigiadas revistas médicas do mundo: the New England Journal of Medicine, descrevendo 20 casos de pacientes com prega diagonal em ambas as orelhas que tinham também doença arterial coronariana grave. Essa prega diagonal é mostrada nas fotos deste post (dá uma olhada ali em cima!). Apesar de ser facilmente diagnosticado (basta olhar as orelhas dos pacientes), esse sinal não é conhecido por muitos médicos. Para aqueles que duvidam do poder prognóstico do "Sinal de Frank", o cardiologista  @rodmusa  acaba de defender seu trabalho de conclusão de curso, orientado por mim e pelo  @fabio_akio  com um estudo original, comprovando a presença deste sinal em

Hoje é dia de  #tbt  e este é um  #tbt  recente, mas importantíssimo. Esta semana tive a grande honra de participar da apresentação dos trabalhos de conclusão do curso de cardiologia (residência médica/ aperfeiçamento) destes três cardiologistas brilhantes:  @ramon_nv  ,  @leo_o_marinho  e  @rodmusa  . Ao longo dos últimos dois anos os orientei não apenas na realização destes projetos, mas também na formação deles como cardiologistas. É claro que a construção de especialistas não se faz do dia pra noite. O trabalho é árduo. São diversos plantões, horas infindáveis de estudo, dedicação diária ao cuidado de pacientes com doenças graves, atenção aos anseios de pacientes e familiares, notícias tristes, notícias felizes, diagnósticos difíceis... E assim, após dois anos de contato presencial ou virtual diário, assisti às apresentações de seus excelentes trabalhos emocionada e orgulhosa! Tenho certeza que estamos entregando à família naval e à sociedade brasileira 3 grandes cardiologistas, ex

2020 foi um ano desafiador. A pandemia nos obrigou a mudar hábitos de uma forma impensável. A  @polarglobal  acaba de publicar seu relatório sobre a comparação dos hábitos de exercícios/esportes dos usuários de seus frequencímetros (relógios que medem a frequência cardíaca). Os resultados são bem interessantes, revelando mudanças substanciais nos tipos de exercícios praticados e até no nosso sono. 👉 Como o fechamento de muitas academias e as restrições ao uso das que estavam abertas, as pessoas começaram a se exercitar mais ao ar livre. 👉 Estas atividades ao ar livre acabaram aumentando também o número de passos diário dos usuários. 👉 Com o home office, as pessoas passaram a poder acordar um pouco mais tarde, e isso aumentou o número de minutos dormidos por noite (aumento de 14 minutos/noite). Essa mudança pequena foi capaz de melhorar os dados de relaxamento e recuperação pós-treino. 👉 O número de pessoas preocupadas com seus dados de saúde também aumentou e um maior número de pes

A maioria das pessoas gostaria de ter aquela médica "para chamar de sua", aquela que você sabe que vai te atender a qualquer momento, a pessoa em quem você confia cegamente. Eu tenho a honra enorme de ser essa médica para diversos pacientes. E cuido deles com toda a dedicação e carinho, como se fossem de minha família. Muitos viram meus amigos de verdade! É claro que quando se trata de saúde, todo cuidado é pouco! E nós, médicos, precisamos trabalhar em equipe. O conhecimento médico é extremamente vasto! Então, cada um de nós, médicos e médicas, temos nossas áreas de estudo mais aprofundada. E por isso, é muito importante nos cercarmos daqueles que se aprofundam em outras áreas. Assim, juntos, podemos cuidar da saúde de cada paciente de uma forma mais ampla e integrada. Muitos médicos evitam encaminhar pacientes para outros colegas por medo de "perder o cliente". Eu penso exatamente o oposto: a melhor forma de "ganhar o cliente" é oferecendo o melhor servi

2a feira, dia mundial de início das dietas e das matrículas nas academias... Quando a meta é sair do sedentarismo, uma das primeiras perguntas que faço é: Qual exercício você gosta de fazer? E muitas vezes as respostas são: * Nenhum * Não sei Nestes casos, eu e o paciente vamos juntos encontrar qual o melhor exercício/esporte para ele. Mas isso nem sempre é simples. E assim foi o caso do snowboarder carioca. Quando perguntei para ele sobre o que gostava de fazer, a resposta foi que ele não suportava academia, que gostava de atividades ao ar livre, mas que, no máximo, fazia caminhadas para apreciar a paisagem e tirar fotos em trilhas. Expliquei que exercícios mais intensos eram necessários e pedi que ele fosse pra casa e pensasse em alguma atividade que ele "toleraria" experimentar. Após alguns dias recebi a resposta: "Já sei o que gosto: snowboarding!". Snowboarding é um esporte excelente, exceto por um probleminha... o paciente morava (e mora) no Rio de Janeiro! Nã

Você conhece o teste cardiopulmonar de exercício? Os pacientes se assustam com a riqueza de resultados do teste cardiopulmonar de exercício (ergoespirometria). Ele nos permite identificar a causa de dispneia (falta de ar), de dor no peito, de cansaço, e daquela dificuldade de progredir nos treinos. Além dos diagnósticos clínicos, a ergoespirometria fornece também informações valiosas do ponto de vista de performance e de nutrição. Por exemplo, é com este exame que identificamos as zonas de treinamento para que o profissional de educação física prescreva seu treinamento. Quer saber qual seu gasto calórico e quanto de gordura você queima nos treinos? A ergoespirometria também te dá essas informações! Com tantos detalhes de resultados, é claro que o exame tem que ser realizado com todo cuidado, por profissional experiente. Nas fotos deste post, mostramos o passo a passo do exame, desde o preparo do paciente, passando pela análise da função pulmonar em repouso, e pela monitorização de dado

Vivemos em um mundo agitado, onde a produtividade é exigida e a enxurrada de informações é constante. Cerca de 36% dos brasileiros queixam-se de insônia recorrente. Além disso, em pesquisa realizada em 12 países, incluindo o Brasil, foi encontrado que 76% das pessoas vivencia problemas relacionados à qualidade e /ou quantidade de sono. Apesar de muitas pessoas dizerem que preferem dormir menos, para manter seus compromissos de trabalho ou sociais, é importante lembrar que DORMIR BEM É UMA QUESTÃO DE SAÚDE! Noites mal dormidas interferem negativamente no dia seguinte. Isso não é novidade pra ninguém! Mas o que muitos não sabem é que pessoas que dormem menos de 7 horas/noite têm mais chance de desenvolverem obesidade do que aquelas que dormem entre 7 e 8 horas/noite. Existem diferentes justificativas para isso: * Pessoas que dormem pouco tendem a ingerir mais calorias durante o dia, e isso não é compensado por maior gasto energético (mais atividade física). * A restrição ao sono provoca

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre as mulheres, sendo a principal delas a doença arterial coronariana. A doença coronariana se desenvolve nas mulheres muito mais tarde do que nos homens, com aumento expressivo no período de transição da vida adulta que leva à menopausa. Alterações hormonais, alteração na composição corporal, aumento dos níveis de colesterol e piora da saúde vascular são algumas das causas que relacionam a menopausa ao aumento do risco cardiovascular em mulheres adultas. A idade média da menopausa é aos 51 anos de idade, podendo acontecer antes ou depois disso. O período de transição até a menopausa pode durar até 8 anos e por isso, é importante que mulheres realizem consulta cardiológica a partir dos 40 anos de idade. Cardiologista e ginecologista trabalhão juntas para que você preserve a saúde do seu coração. Gostou? Compartilhe com aquela sua amiga que já passou dos 40... Dra. Renata Castro CRM 5270560-8 Especialista em Medicina do Espor

"Mens sana in corpore sano" é uma frase conhecida como a máxima de Juvenal. Juvenal foi um poeta da Roma antiga, mas que já conhecia a importância de cuidarmos da saúde de nossos corpos e mentes. Algumas centenas de anos após, esta conexão entre a saúde do cérebro e a saúde do corpo continua sendo estudada por diversos neurocientistas. Pesquisadores da Universidade de Columbia (EUA) acabam de publicar um artigo na revista Neurology comprovando que a prática de exercíciosde intensidade moderada a vigorosa durante a vida adulta é capaz de proteger a saúde cerebral em idades mais avançadas. A realização de pelo menos 1 hora e 15 minutos de exercícios de intensidade moderada a alta por semana ao longo da vida adulta já foi suficiente para promover efeitos benéficos na saúde cerebral. Indivíduos que realizaram exercícios na mesma intensidade por mais do que 2,5 horas semanais tiveram resultados ainda melhores. E então, vamos praticar exercícios com segurança e espantar a demência?

Quando estamos em repouso nosso coração bate de 50 a 100 vezes por minuto. Situações em que o coração bate mais rápido ou mais devagar ou mesmo quando o coração bate fora do ritmo são chamadas arritmias cardíacas. Existem diversas situações em que o coração acelera fisiologicamente. É natural que nossa frequência cardíaca aumente quando nos exercitamos ou quando nós aborrecemos. Só que esta aceleração pode ser além do normal, como no caso das taquiarritmias. O primeiro sinal de arritmia é justamente a percepção de que o coração está batendo. Você já parou pra pensar que nosso coração bate desde quando estávamos no útero de nossas mães até o momento da morte e que mesmo assim raramente percebemos estas batidas? Essa percepção de que o coração está batendo, chamada de palpitação, é um dos sinais de que pode estar acontecendo uma arritmia. Outros sinais de alerta são tonteiras, desmaios, náuseas e cansaço excessivo. Além dos sintomas desagradáveis e de pode