Dra. Renata Castro - Saúde E Qualidade De Vida

Com a vacinação avançando a cada dia, a pandemia parece estar caminhando (a passos lentos, é verdade), para seu fim. Mas a correção de danos físicos, mentais e financeiros ainda vai demorar para acontecer. A verdade é que um número enorme de sobreviventes da infecção aguda continuam lutando contra os sintomas da chamada síndrome do long covid. Um estudo realizado na França revelou que cerca de 68% dos pacientes mantém sintomas nos dois meses que se seguem ao início da infecção. Diarréia, perda do olfato, cansaço, falta de ar, palpitações e dores musculares são alguns dos sintomas crônicos descritos por estes pacientes. Outro estudo, conduzido na China, concuiu que 63% dos pacientes mantém estes sintomas nos seis meses após a alta hospitalar. É importante lembrar que estas queixas variam entre as pessoas e podem acometer diferentes órgãos, seja nas pessoas que tiveram quadros leves de COVID ou naquelas que ficaram internadas com quadros mais graves. Na Universidade de Frankfurt 78% dos

Sei que esse tema incomoda muita gente e que durante anos os usuários de anabolizantes permaneceram anônimos. Mas o abuso de anabolizantes com objetivo de alcançar o corpo ideal está cada vez maior, e com isso crescem também os danos cardíacos consequentes ao uso indiscriminado de hormônios. Você que usa/usou anabolizantes, já parou pra pensar que o coração também é um músculo? O anabolizante vai ter efeito na sua musculatura aparente (chamada musculatura esquelética), mas também em órgãos que você não vê, como o coração e o fígado. A necessidade de "proteger o fígado" é conhecida pelos usuários de anabolizantes. Mas porque tão poucas pessoas falam sobre os danos cardíacos? Os motivos são diversos, mas acredito que os principais sejam a ausência de grandes trabalhos científicos a respeito do tema e, principalmente,o fato de que muitos dos exames usualmente solicitados em "check-ups" serão normais na maioria dos usuários de anabolizantes. Eu e o @drjoaogiffoni temos

Perder peso é um pesadelo para muitas pessoas. Não faltam soluções mágicas na internet. Como a maioria foca no déficit calórico (gastar mais calorias do que ingerimos), parece que a única solução é dieta muito restritiva. É claro que para emagrecer o déficit calórico é necessário. Mas será que o emagrecimento saudável é só isso? Hoje em dia, recebo muitos paciente que desejam não apenas "perder peso", mas também preservar ou ganhar massa muscular. Isso é um grande avanço! Finalmente começamos a valorizar o papel importantíssimo da massa muscular para nossa saúde e longevidade! De nada adianta ver o peso reduzindo na balança se essa perda for de músculo e não de gordura. Sim! Não pense que você só perde gordura ao emagrecer! Se o planejamento estiver inadequado, existem grandes chances de você perder músculo também! Brinco com meus pacientes que "músculo é ouro!". E para evitar essa catástrofe de ir perdendo músculo apenas para satisfazer um número na balança, precis

  Nesta semana atendi uma paciente que falou: "Estou pré-tudo! Pré-diabética, pré-hipertensa, pré-ferrada, né doutora?". O bom humor é essencial, sim. Mas será que estes diagnósticos de "pré-doenças" são sentenças que determinam um caminho impossível de evitar? A resposta é: "NÃO!" Quando passamos a utilizar estes "pré-diagnósticos" o objetivo era justamente de chamar médicos e pacientes para "virar o jogo". Ou seja, identificar fatores modificáveis e evitar a evolução para diabetes e hipertensão que acabam levando a desfechos ainda piores como infarto, AVC e morte. E como viramos este jogo? Com adoção de medidas que modifiquem o estilo de vida (parar de fumar, fazer uma alimentação saudável, praticar exercícios regularmente, controlar o estresse...) e muitas das vezes também com medicamentos. Um estudo publicado na Medicine and Science in Sports and Exercise (Julho/2021) revelou que os pacientes que têm estes "pré-diagnósticos&quo