Dra. Renata Castro - Saúde E Qualidade De Vida

Há mais de vinte anos me dedico ao estudo da fisiologia cardiorrespiratória, e esse conhecimento sempre me ajudou na tomada de decisão clínica. A fisiologia norteou e norteia minhas pesquisas, aulas, pensamentos nas últimas duas décadas. Há algumas semanas o mundo ficou chocado com a morte do americano George Floyd. Ele morreu sufocado enquanto um policial ajoelhava-se sobre seu pescoço. Muitos tentaram justificar o “erro” do policial dizendo que alguém que está sem conseguir respirar também não consegue falar... E que o policial não teria como imaginar que ele estivesse realmente sem conseguir respirar. Se todos tivessem estudado fisiologia, saberiam que a passagem de ar para a fala é bem diferente do uso de oxigênio para a manutenção do funcionamento do corpo. Depois de mais de 60 artigos publicados na área de fisiologia, hoje tenho a alegria de compartilhar com vocês mais uma publicação, realmente especial! Um artigo onde usamos a fisiologia para discutir e repudiar esse ato cruel q

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Diabetes é uma doença é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose (açucar) no sangue. O valor normal de glicose no sangue (em jejum) é menor que 100 mg/dL. Mas para receber o diagnóstico de diabetes, a pessoa deve apresentar valores de glicose no sangue acima de 126 mg/dL em jejum ou acima de 200 mg (após o teste de tolerância oral à glicose), ou apresentar uma hemoglobina glicada acima de 6,5%. As pessoas não atingem estes critérios, mas apresentam valores de glicose um pouco acima do normal, mas ainda sem critérios para definir o diagnóstico de diabetes, recebem o diagnóstico de pré-diabetes. No Brasil, cerca de 4,5% dos adultos tem pré-diabetes. Até pouco tempo, esse era um diagnóstico que tinha como principal objetivo fazer com que fosse iniciado tratamento para evitar que o paciente desenvolvesse diabetes. Este tratamento envolve controle alimentar, prática regular de exercícios e uso de medicamentos. Muitos pacientes a

Desde o início da pandemia a grande maioria das pessoas reduziu muito o volume de atividade física semanal. Com isso, é natural que muitos tenham aumentado seu peso. Agora, com o retorno gradual às atividades, muitas pessoas têm me perguntado sobre como retornar à forma pré-pandemia. 👉🏻 Será que caminhar 30 minutos por dia é suficiente? 👉🏻 A resposta é: não! Não estou dizendo que caminhar 30 minutos por dia é ruim. Pelo contrário, caminhar é uma ótima estratégia para retornar gradualmente à prática de atividade física. Porém, para obter emagrecimento, o balanço energético tem que ser negativo. Você não emagrecerá se o gasto energético (calorias) for menor que a ingestão calórica. Por isso, alinhar o plano alimentar com o planejamento do treinamento físico é essencial, não só para perder peso com fins estéticos, mas também para obter um corpo mais funcional, com mais massa muscular e menor percentual de gordura. 👉🏻 Me conta, quais seus planos para retornar ao “novo normal”? Dra. R

Essa semana tenho falado bastante sobre o uso de máscaras e prática de exercícios. E as dúvidas não param de chegar. Como várias pessoas me mandaram perguntas sobre os cuidados com as máscaras, resolvi escrever este post. Mas preste atenção! As dicas abaixo valem para o uso de máscaras durante a prática de exercícios. 01. Escolha uma máscara que permita a passagem do ar e que não te impeça de respirar em repouso. 02. Escolha uma máscara que se adapte bem ao seu rosto sem deixar folgas, mas também sem que seja muito desconfortável. 03. Sempre lave as mãos com água e sabão, ou as limpe com álcool gel antes de colocar a máscara. 04. Evite tocar o rosto ou a máscara quando estiver fazendo exercícios. Sempre que isso acontecer, lave as mãos com álcool gel. 05. Não esqueça de levar álcool gel com você. 06. Se a máscara ficar úmida, troque de máscara. 07. Para isso você precisará ter máscaras extras com você. 08. Retire a máscara do rosto segurando em suas tiras. 09. Guarde a máscara usada em

  Apesar de todas as reclamações, as máscaras podem ser especialmente benéficas para alguns esportistas. Que elas funcionam como barreira física e podem te proteger da infecção pelo COVID-19 você já sabe. Mas isso aqui eu acho que você não sabe: as máscaras podem ser úteis na redição das crises de asma e broncoespasmo induzidos pelo exercício. Não acredita? Veja a explicação abaixo... Estamos no inverno e dependendo da hora e do local em que você pratica exercício, o ar é bastante frio. A inalação do ar frio pode desencadear uma reação dos brônquios , dificultando a passagem do ar. Estudos conduzidos muito antes da pandemia de COVID-19 revelaram que o uso de máscaras de tecido e até menos de uma echarpe ou cachecol na frente do nariz e da boca aquecem o ar inspirado e reduzem essas reações ao frio. Em um estudo publicado em 1995 (Allergy 1995: 50: 221-224) 88% dos pacientes com asma relataram redução dos sintomas (tosse, chiado no peito, cansaço) quando se exercitaram em ambientes frio

Com a flexibilização em muitas cidades, tenho recebido inúmeras dúvidas sobre o uso de máscaras durante a prática de exercício. É verdade que as máscaras geram uma barreira ao COVID-19 reduzindo a chance de inalação do vírus. Novos hábitos são difíceis de adquirir e o uso de máscaras tem sido alvo de diversas reclamações. Afinal, a barreira ao vírus também dificulta um pouco a passagem do ar. É importante lembrar que existem máscaras específicas para cada ambiente, de acordo com o risco de contaminação de cada local. Nos hospitais usamos máscaras N-95 (que dificultam muito a passagem do ar e têm vedação muito ajustada). Mas ao fazer atividade física o uso de máscara N-95 não é indicado. As máscaras indicadas para a prática de exercícios deve permitir a ventilação adequada e ficar confortável. É importante que ela seja lavável e que o esportista a troque quando estiver úmida. Máscaras úmidas oferecem menos proteção. Finalmente, antes de sair