Pular para o conteúdo principal

Hipertensão e Coronavírus: Não suspenda seus medicamentos


À medida que o impacto global do COVID-19 aumenta, a comunidade científica continua a avaliar o impacto clínico e as necessidades de cuidados de saúde de pacientes com doenças cardiovasculares, que correm um risco aumentado de complicações graves com o COVID-19.

Desde a última semana vem sendo publicadas informações a respeito do envolvimento da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA-2) na fisiopatologia da infecção pelo coronavírus. Estas informações levaram ao alarde da população que utiliza medicações que atuem sobre esta enzima, como os inibidores da ECA (Captopril, enalapril, ramipril, entre outros) e os bloqueadores de receptores da angiotensina (losartan, valsartan, candesartan, entre outros). Tais medicações são utilizadas por milhões de brasileiros para o tratamento da hipertensão, da insuficiência cardíaca e de outras doenças cardiovasculares.

Visando evitar o uso indevido de informações, a American Heart Association, o American College of Cardiology e a Heart Failure Society of America cabal de publicar um posicionamento recomendando a continuação destes medicamentos para todos os pacientes já prescritos por seus médicos. O mesmo posicionamento enfatiza que pacientes com doença cardiovascular diagnosticados com COVID-19 devem ser totalmente avaliados antes de adicionar ou remover qualquer tratamento, e quaisquer alterações em seu tratamento devem se basear nas mais recentes evidências científicas e na tomada de decisão compartilhada com seu médico e equipe de saúde.

ENTÃO: NÃO SUSPENDAM SUAS MEDICAÇÕES ! MANTENHAM-SE SEGUROS E SAUDÁVEIS!

Profa. Dra. Renata Castro
CRM 5270560-8

Especialista em Clínica Médica (RQE 27130), Cardiologia (RQE 27131) e Medicina do Esporte (RQE 28280)

Pós-doutora em Cardiologia pela Universidade de Harvard

Postagens mais visitadas deste blog

Por que fisioculturistas morrem cedo?

Neste final de semana aconteceu a maior competição do fisiculturismo mundial: Mr. Olympia. Dias antes do início da competição, um dos principais competidores, George "Da Bull" Peterson, 37 anos de idade, foi encontrado morto no hotel. Infelizmente, as mortes de fisiculturistas têm sido cada vez mais frequentes. A causa da morte ainda não foi divulgada. Mas uma morte de atleta sempre nos faz pensar sobre possíveis causas. O fato de a morte ter acontecido próxima à competição sugere que a desidratação e distúrbios de eletrólitos (como o potássio) podem ter sido a causa. Para os músculos ficarem mais aparentes, é muito comum que estes atletas desidratem absurdamente no período pré-competição. Muitos deles usam diuréticos e isso acaba gerando perdas enormes de água e potássio, facilitando a ocorrência de arritmias e morte. Vale lembrar que o uso de esteróides anabolizantes é frequente nos atletas de fisiculturismo e não podemos descartar infarto, tromboembolismo pulmonar e insufi

Modulação Hormonal

A modulação hormonal tem sido apresentada como a “fonte da juventude”! A grande solução anti-envelhecimento! Quem não gostaria de um corpo jovem, forte, cheio de disposição? A verdade é que os esteróides anabolizantes foram sintetizados para tratar doenças (carência destes hormônios) e não com fins estéticos. Existe acompanhamento médico? Existe! Mas infelizmente os acompanhamentos que normalmente são realizados não detectam as lesões cardíacas iniciais, e potencialmente tratáveis, causadas pelos esteróides. Técnicas avançadas de ecocardiografia foram descritas há apenas 3-4 anos e quando utilizadas corretamente e em conjunto com exames funcionais permitem a detecção precoce destas lesões. Eu tenho certeza que você que é médico e trabalha com modulação hormonal solicita um monte de exames laboratoriais laboratoriais para acompanhar a função hepática, o lipidograma e outras alterações já conhecidas que ocorrem pelo uso de anabolizantes. Mas o que você tem feito perlo coração e vasos de

Metabolismo LENTO não existe!

  A calorimetria indireta é o método de escolha para análise do gasto energético basal. Se você sempre culpou seu metabolismo, tá na hora de avaliar sua taxa metabólica basal. View this post on Instagram Uma publicação compartilhada por Dra. Renata Castro, PhD (@drarenatacastro)