Pular para o conteúdo principal

Motivos para não praticar esportes outdoor durante a quarentena


Conforme a pandemia avança, cada vez mais estudos a respeito do COVID-19 são publicados. Um artigo publicado em março deste ano comprovou que o COVID-19 continua viável (e capaz de infectar outras pessoas) em aerossóis por até 3 horas. Como este estudo foi realizado com experimentos indoor, muitos corredores e ciclistas questionaram se o risco seria semelhante quando estivéssemos em ambientes externos. Um novo estudo tirou esta dúvida! Feito especialmente para analisar o risco dos esportistas que “não estão se aguentando em casa”, este estudo avaliou se a chamada “distância segura” de 1,5 m deve ser mantida também nas atividades externas. Os resultados foram os seguintes:

👉🏻 A distância de 1,5 m parece segura se ambas as pessoas estiverem paradas.

👉🏻 Se uma pessoa infectada caminha a 4 km/h, o risco de contaminação de quem vem logo atrás é mantido por até 5 metros de distância.


👉🏻 Se uma pessoa infectada está correndo a 14,4 km/h, as gotículas infectadas alcançam quem vem até 10m atrás!


IMPORTANTE: Este estudo não considerou a existência de vento! Com vento, a capacidade de disseminação pode ser ainda maior!


👉🏻 RESUMO DO ESTUDO: PAREM DE SE ARRISCAR! A melhor prevenção é ficar em casa!

Dra. Renata Castro

CRM 5270560-8


Especialista em Medicina do Esporte (RQE 28280) e Cardiologia (RQE 27131)⁣ 

Postagens mais visitadas deste blog

Por que fisioculturistas morrem cedo?

Neste final de semana aconteceu a maior competição do fisiculturismo mundial: Mr. Olympia. Dias antes do início da competição, um dos principais competidores, George "Da Bull" Peterson, 37 anos de idade, foi encontrado morto no hotel. Infelizmente, as mortes de fisiculturistas têm sido cada vez mais frequentes. A causa da morte ainda não foi divulgada. Mas uma morte de atleta sempre nos faz pensar sobre possíveis causas. O fato de a morte ter acontecido próxima à competição sugere que a desidratação e distúrbios de eletrólitos (como o potássio) podem ter sido a causa. Para os músculos ficarem mais aparentes, é muito comum que estes atletas desidratem absurdamente no período pré-competição. Muitos deles usam diuréticos e isso acaba gerando perdas enormes de água e potássio, facilitando a ocorrência de arritmias e morte. Vale lembrar que o uso de esteróides anabolizantes é frequente nos atletas de fisiculturismo e não podemos descartar infarto, tromboembolismo pulmonar e insufi

Modulação Hormonal

A modulação hormonal tem sido apresentada como a “fonte da juventude”! A grande solução anti-envelhecimento! Quem não gostaria de um corpo jovem, forte, cheio de disposição? A verdade é que os esteróides anabolizantes foram sintetizados para tratar doenças (carência destes hormônios) e não com fins estéticos. Existe acompanhamento médico? Existe! Mas infelizmente os acompanhamentos que normalmente são realizados não detectam as lesões cardíacas iniciais, e potencialmente tratáveis, causadas pelos esteróides. Técnicas avançadas de ecocardiografia foram descritas há apenas 3-4 anos e quando utilizadas corretamente e em conjunto com exames funcionais permitem a detecção precoce destas lesões. Eu tenho certeza que você que é médico e trabalha com modulação hormonal solicita um monte de exames laboratoriais laboratoriais para acompanhar a função hepática, o lipidograma e outras alterações já conhecidas que ocorrem pelo uso de anabolizantes. Mas o que você tem feito perlo coração e vasos de

Metabolismo LENTO não existe!

  A calorimetria indireta é o método de escolha para análise do gasto energético basal. Se você sempre culpou seu metabolismo, tá na hora de avaliar sua taxa metabólica basal. View this post on Instagram Uma publicação compartilhada por Dra. Renata Castro, PhD (@drarenatacastro)