Pular para o conteúdo principal

Treinamento físico após COVID


O coração é um alvo frequente nas infecções pelo COVID-19. Arritmias, infarto, infecção do músculo cardíaco e inflamação do pericárdio são alguns dos achados em pessoas até 2-3 meses após a infecção pelo COVID-19. É importante lembrar que estas alterações não são encontradas apenas em pacientes que tiveram quadros gravíssimos de infecção pelo COVID. Na verdade, pacientes assintomáticos também podem ter acometimento cardíaco pelo COVID.

Ciente do risco da prática de exercícios e esportes em pacientes com acometimento cardíaco pelo COVID, foi recentemente publicado um posicionamento da Sociedade Brasileira de Cardiologia (@sbc.cardiol ) para orientar o retorno aos treinos após a infecção. O documento é longo e analisa os casos e as necessidades de exames complementares detalhadamente. Mas independente do caso, a indicação é clara: TODOS OS INDIVÍDUOS RECUPERADOS DA INFECÇÃO PELO COVID DEVERÃO PASSAR POR AVALIAÇÃO CARDIOLÓGICA ANTES DE SEREM LIBERADOS PARA A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS OU ESPORTES.

Se você teve COVID, não deixe de procurar orientação médica antes de retornar aos treinamentos.

Compartilhe com seus amigos que tiveram COVID.

Dra. Renata Castro
CRM 5270560-8
Especialista em Medicina do Esporte (RQE 28280) e Cardiologia (RQE 27131)⁣

Postagens mais visitadas deste blog

Por que fisioculturistas morrem cedo?

Neste final de semana aconteceu a maior competição do fisiculturismo mundial: Mr. Olympia. Dias antes do início da competição, um dos principais competidores, George "Da Bull" Peterson, 37 anos de idade, foi encontrado morto no hotel. Infelizmente, as mortes de fisiculturistas têm sido cada vez mais frequentes. A causa da morte ainda não foi divulgada. Mas uma morte de atleta sempre nos faz pensar sobre possíveis causas. O fato de a morte ter acontecido próxima à competição sugere que a desidratação e distúrbios de eletrólitos (como o potássio) podem ter sido a causa. Para os músculos ficarem mais aparentes, é muito comum que estes atletas desidratem absurdamente no período pré-competição. Muitos deles usam diuréticos e isso acaba gerando perdas enormes de água e potássio, facilitando a ocorrência de arritmias e morte. Vale lembrar que o uso de esteróides anabolizantes é frequente nos atletas de fisiculturismo e não podemos descartar infarto, tromboembolismo pulmonar e insufi

Modulação Hormonal

A modulação hormonal tem sido apresentada como a “fonte da juventude”! A grande solução anti-envelhecimento! Quem não gostaria de um corpo jovem, forte, cheio de disposição? A verdade é que os esteróides anabolizantes foram sintetizados para tratar doenças (carência destes hormônios) e não com fins estéticos. Existe acompanhamento médico? Existe! Mas infelizmente os acompanhamentos que normalmente são realizados não detectam as lesões cardíacas iniciais, e potencialmente tratáveis, causadas pelos esteróides. Técnicas avançadas de ecocardiografia foram descritas há apenas 3-4 anos e quando utilizadas corretamente e em conjunto com exames funcionais permitem a detecção precoce destas lesões. Eu tenho certeza que você que é médico e trabalha com modulação hormonal solicita um monte de exames laboratoriais laboratoriais para acompanhar a função hepática, o lipidograma e outras alterações já conhecidas que ocorrem pelo uso de anabolizantes. Mas o que você tem feito perlo coração e vasos de

Metabolismo LENTO não existe!

  A calorimetria indireta é o método de escolha para análise do gasto energético basal. Se você sempre culpou seu metabolismo, tá na hora de avaliar sua taxa metabólica basal. View this post on Instagram Uma publicação compartilhada por Dra. Renata Castro, PhD (@drarenatacastro)